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Os meteoritos são radioativos?

Data de Publicação: 30 de novembro de 2021 20:25:00 Por: Marcello Franciolle

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P.: Os meteoritos emitem um alto grau de radiação quando caem na Terra? Devem ser tomadas precauções ao manuseá-los?

Wade Carmen 
Cleveland, Tennessee
 
Cientistas com o programa de busca de meteoritos na Antártica coletam um meteorito na cordilheira Miller da Antártica. Crédito da imagem: NASA/JSC/ANSMET
 

Em média, cerca de 500 meteoritos caem na Terra a cada ano. Quaisquer elementos radioativos contidos em um meteorito não são mais significativos do que em uma rocha terrestre comum. Embora os meteoritos não sejam prejudiciais aos humanos, podemos, na verdade, ser bastante prejudiciais a eles. Nossas mãos estão cobertas de óleos e micróbios, os quais podem contaminar o meteorito e degradar sua superfície.

 
Esteja você procurando ativamente por meteoritos ou encontrando algum, você deve manusear com cuidado. Você pode pegá-lo com luvas limpas, pinças ou até mesmo com papel alumínio. Depois de coletar sua rocha espacial, mantenha-a em um local limpo e seco. Um saco com fecho é uma forma perfeita de o proteger da humidade.
 

Dito isso, pode ser um pouco complicado saber se você realmente encontrou um meteorito. Você pode se fazer algumas perguntas simples para determinar se encontrou um meteorito ou um meteorito errado:

  • Crosta de Fusão: os meteoritos apresentam uma fina crosta negra resultante da queima que sofrem pelo atrito com a atmosfera.
  • Presença de Ferro e Níquel: A amostra é inteiramente feita de metal ou mostra manchas metálicas em partes de uma superfície quebrada, cortada ou polida? A maioria dos meteoritos, se lixados, vão apresentar pintinhas de brilho metálico (meteoritos rochosos) ou interior com aparência de aço sólido (meteoritos metálicos).
  • Magnetismo: é comum que meteoritos sejam atraídos por ímãs. Nos meteoritos metálicos a atração é bem mais intensa.
  • Regmaglitos (Sulcos Superficiais): A amostra é preta ou marrom e lisa, sem buracos ou bolhas na superfície? Meteoritos costumam apresentar sulcos, ou seja, depressões na sua superfície. Não é comum meteoritos apresentarem calombos (protuberâncias).
  • Grande Densidade: por conterem metais, os meteoritos costumam ser bem densos e, portanto, são bem mais pesados do que uma pedra do mesmo tamanho. Dá para sentir isso na mão ao pegá-los.
  • Forma: A amostra é sólida e compacta? Meteoritos não apresentam uma forma definida e característica, mas é usual que possuam cantos arredondados.
Caitlyn Buongiorno 
Editor associado

 

Se você respondeu sim a todas essas perguntas e está interessado em aprender mais sobre sua amostra, entre em contato com o escritório local de pesquisas geológicas, o departamento de geologia da universidade ou o Museu de Ciências Naturais PUC Minas para obter ajuda na identificação de seu espécime. Você também pode entrar em contato com o Museu Nacional/UFRJ – Setor de Meteorítica.

Depois de uma análise em laboratório, caso sua rocha seja mesmo um meteorito, ela será então enviada à Meteoritical Society (Sociedade Meteorítica), um comitê que se reúne algumas vezes ao ano e analisa os pedidos de aprovação de nomes. Ao ser aprovado, todas as informações do seu meteorito passam a constar na página do Meteoritical Bulletin.

Você pode aprender muito mais sobre o universo dos meteoritos com a ilustre equipe das Meteoríticas, acesse aqui.

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Referência:

Ask Astro: Are meteorites radioactive? Astronomy, 30, nov. 2021. Disponível em: <https://astronomy.com/magazine/news/2021/11/ask-astro-are-meteorites-radioactive>. Acesso em: 30, nov. 2021.


Marcello Franciolle F T I P E
Founder - Gaia Ciência

Marcello é fundador da Gaia Ciência, que é um periódico científico que foi pensado para ser uma ferramenta para entender o universo e o mundo em que vivemos, com temas candentes e fascinantes sobre o Universo e Ciências da Terra para inspirar e encantar as pessoas. Ele é graduando em Administração pelo Centro Universitário N. Sra. do Patrocínio (CEUNSP) – frequentou a Universidade de Sorocaba (UNISO); graduação em Análise de Sistemas e onde participou do Encontro de Pesquisadores e Iniciação Científica (EPIC). Suas paixões são literatura, filosofia, poesia e claro ciência. 

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